AGROECOLOGIA E AGRICULTURA FAMILIAR ENCERRA 16º EDIÇÃO DAS QUARTAS AMBIENTAIS

No último encontro do Projeto Quartas Ambientais, a comunidade pode contemplar a abordagem sobre diversos aspectos da “Agroecologia e agricultura familiar”, realizada na quarta- feira (28). O evento foi promovido pelo Departamento de Planejamento e Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMMAM).

De acordo com o palestrante Pedro Carlos Pacheco, a agricultura familiar encontra importância na produção agrícola, com produtos cultivados da terra realizados por pequenos produtores. “O mercado e a mídia praticamente impõe o que deve ser ingerido. A soja transgenica, por exemplo, é muito encontrada enquanto não se vê mais um milho fresco na rua”, declarou Pacheco.

Segundo Carlos Pacheco, a agricultura familiar é uma forma predominante de produção agrícola em varias áreas do país conhecida como geração de emprego e renda a baixo custo de investimento por sua capacidade de produzir alimentos a menor custo e danos, sendo diversificada. “A padronização alimentar esta sendo explicitamente colocada na sociedade e perdendo a principal característica: a qualidade e diversidade dos produtos naturais”, comentou.

Já o engenheiro florestal Marcelo Grassi, indagou sobre a importância da agroecologia nas fazendas e pequenas hortas sem uso do desmatamento. “A terra é um meio de sustentação e de vida. Interagir novas tecnologias, como o plantio em círculos, com o meio ambiente é um forma sustentável de continuar com o processo de agricultura familiar”, afirmou. Durante o evento, Marcelo Grassi indagou que muitos produtores não conseguem colocar seus produtos no mercado por serem um pouco mais caros. “Os produtos tem uma melhor qualidade e a população não consegue ter essa acessibilidade, então recorre as feiras, onde pode escolher  seus alimentos”, encerrou.

Durante a palestra, Antonia de Jesus Santana e Josete Bispo dos Santos, tiveram a oportunidade de demonstrar e comercializar produtos da agricultura familiar do distrito de Maria Quitéria, onde residem. Castanhas, beijus, sequilhos e cocadas são as principais fontes de renda da família. “É gratificante poder perceber o rosto da pessoa que comprou algum produto e compra outro porque gostou. Ficou muito feliz”, disse Antonia.